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O que é o transplante de córnea e quais as suas indicações?


A córnea é um tecido translúcido que fica na superfície do olho. Suas funções são de proteger a visão de ameaças externas e também agir como uma lente por onde a luz entra e é focalizada, isso tudo quando sua estrutura está preservada. Mas, nem sempre é assim. Em alguns casos, é preciso substituir a córnea doente por outra sadia. Existem, basicamente, três situações que costumam exigir um transplante de córnea, a saber:

- Quando ela sofre uma ruptura, como por exemplo, em um trauma penetrante;

- Quando ela perde a transparência, por exemplo, em doenças degenerativas;

- Quando ela sofre mudanças do seu formato que não podem ser corrigidas por terapias mais conservadoras. As doenças mais comuns neste caso são o Ceratocone e a Degeneração Marginal Pelúcida.

O transplante

- A córnea doadora é sempre colhida de um doador morto, tendo a família autorizada à doação. Esse procedimento é simples e não traz prejuízo estético ao cadáver;

- São feitos exames laboratoriais no doador para ver se a córnea pode ser utilizada. Doenças infecciosas, como HIV e Hepatite, são contra indicações a doação;

- A cirurgia é feita com anestesia local ou geral, dependendo do paciente e da preferência do cirurgião;

- A córnea doente é retirada e substituída pela doadora. A costura entre os tecidos é feita com fio de nylon, utilizando microscópio e exige experiência por parte do cirurgião. O médico oftalmologista e cirurgião Dr. Eduardo Miranda, é especialista nesta técnica e esclarece que quando bem indicada, traz resultados visuais muito satisfatórios..

O pós-operatório.

- A visão demora algumas semanas para se restabelecer. É possível que haja necessidade de uso de óculos ou lentes de contato no pós-operatório ou mesmo por toda vida após o transplante;

- Faz-se uso de colírios antibióticos e antiinflamatórios para controle da dor e para evitar possíveis infecções. A cicatrização completa ocorre em torno de 12 meses;

- Pode ser necessária a retirada de pontos a critério do cirurgião;

- Acompanhamento em consultório em curtos intervalos de tempo, principalmente nos primeiros três meses devido a necessidade do controle da saúde da nova córnea no olho do receptor.

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