Dúvidas mais comuns sobre catarata: sintomas e tratamento

A PMX Oftalmologia, clínica que é referência no tratamento da catarata, preparou uma série de perguntas e respostas para que você possa conhecer mais sobre a doença. As dúvidas foram respondidas pelos médicos oftalmologistas que dirigem a PMX, Eduardo Miranda e Tatiana Possette Miranda.

O que é a catarata e quais os sintomas?

A catarata é a perda da transparência de uma lente que temos dentro do olho, chamada cristalino. Como o próprio nome diz, ele é límpido ao nascimento e, lenta e progressivamente, perde a transparência ao longo da vida, em seu processo natural de envelhecimento. Portanto, costumamos a dizer que a catarata não chega a se caracterizar como uma doença, mas sim uma alteração esperada no cristalino com o passar dos anos.

Todas as pessoas correm o risco de ter catarata?

Por ser um processo natural de desgaste, costumamos brincar ao dizer que quem viver, vai ter. É só uma questão de tempo. A catarata já tem uma grande frequência de aparecimento a partir dos 50 anos, com mais intensidade ainda a partir dos 60, 70, e assim por diante, já que este é um problema lentamente progressivo.

Quais os tipos de tratamento para catarata?

O tratamento para a catarata é apenas um: a cirurgia. O que existe é mais de um tipo de técnica cirúrgica. Hoje, temos a cirurgia feita a laser, com o corte do cristalino, e também temos a cirurgia feita com ultrassom, chamada facoemulsificação. Não existe nenhuma modalidade clínica de tratamento para a catarata, embora, antigamente, o colírio era muito utilizado para tentar impedir a progressão do problema. Porém, não existe evidência científica para isso.

Se não fizer o tratamento, quais os riscos?

Se a cirurgia não for realizada, a catarata vai evoluir até causar cegueira total. No entanto, essa cegueira tem um caráter reversível. Afinal de contas, o cristalino opacificado é retirado e é feita a reversão da perda visual. Mas, de princípio, a cirurgia de catarata não é realizada em todos os estágios do problema. É feita em pacientes que, mesmo depois da alteração de grau de óculos, a visão ainda não melhora, e, no exame da lâmpada de fenda, vemos a catarata. Nesses casos, é preciso a operação para correção.

Existe um limite de idade para a cirurgia?

Não existe um limite de idade para a cirurgia de catarata. Até porque, como é um problema que se desenvolve com o passar dos anos, temos pacientes idosos já com idade avançada, próximo até dos 100 anos ou mais. O que existe são condições mínimas de saúde do paciente, afinal de contas é um procedimento feito com anestesia local. Então, o paciente precisa ter realizado os exames básicos, como hemograma, coagulograma e eletrocardiograma, e estar dentro de um certo padrão de normalidade.

Quais os pré-requisitos para a cirurgia catarata?

Os pré-requisitos são os exames oftalmológicos, que vão dizer qual o grau da lente a ser implantada no olho, já que por ocasião da retirada do cristalino, é feito o implante de uma lente intraocular. Essa lente é totalmente personalizada para resolver os problemas e grau do olho daquele paciente em específico. Hoje, temos as lentes premium que auxiliam na correção de meia distância, perto, astigmatismo, entre outros. Os demais pré-requisitos, basicamente, são os já citados acima.

Como é o procedimento?

O procedimento é feito com anestesia local, sempre em centro cirúrgico, apesar de ser uma cirurgia que não envolve internamento. O paciente precisa apenas chegar pela manhã em jejum. O tempo de duração depende da técnica utilizada e também do grau de maturidade do cristalino, ou seja, o quão grande é essa catarata. Mas, um cirurgião bem treinado como o Dr. Eduardo Miranda, vai ter um tempo cirúrgico não maior do que dez minutos.

Como é o pós-operatório?

Logo após o procedimento, o paciente vai para casa e retira o curativo apenas no dia seguinte. É necessário o uso de colírio durante 30 dias, de acordo com a prescrição médica. Por ser um pós-operatório bem tranquilo, com poucas restrições, não é necessário repouso absoluto ou dieta específica. Apenas exercícios de impacto e de contato não são recomendados.